O blog Midia Mais divulgou nessa semana um video do presidente Lula e do governador Sérgio Cabral em visita ao Conjunto Habitacional Nelson Mandela, em Manguinhos, Rio de Janeiro, território conhecido pelo nome de “Faixa de Gaza”, onde funcionam tráficos de droga e armas.
Veja o video e tire suas próprias conclusões.
Cabral: - ... Vai ver nem joga futebol...
Lula: - Não, não, não, não. Esquece. Qual é teu esporte, porra?...
Garoto negro: - É tênis.
Lula: - E por que você não treina, porra?
Garoto negro: - Porque aqui não tem tênis.
Lula: - Tênis é jogo pra burguesia, porra... Me diz uma coisa... e natação?
Garoto negro: - A gente não pode entrar na piscina.
Cabral: - Por quê?...
Garoto negro: - Porque não abre para a população.
Cabral: - Que não abre pra população, rapaz!
Garoto negro: - Eu já fui lá perguntar. Não senhor, não abre. Pergunte por aí.
O diálogo é travado sob um sol brabo. Lula, esbaforido, já esquentado, volta-se para Sérgio Cabral e para o Secretário de Obras do Estado, Ítalo Moreno, que fica mudo.
Lula: - No dia que a imprensa vier aí e pegar num final de semana essa porra fechada, o prejuízo político será infinitamente maior do que se pegar dois guardas e botar pra tomar conta. Coloca aí dois bombeiros...
Garoto negro: - E a gente já acorda de manhã com dois “Caveirão” na nossa porta. Eu tenho um vídeo meu... se achar aqui... “Caveirão”, sim...
Cabral: - E o tráfico... E o tráfico?... Não tem tráfico na tua rua?... Não tem troca de metralhadora?...
Garoto negro: - Na minha rua, não. Eu não consumo.
Cabral: - Não tem não, né?...
Garoto negro: - Ter, tem. Mas eu não comparticipo... eu não comparticipo... eu moro aqui, gente ... é a “Faixa de Gaza”...
Cabral: - Você diz que não é otário... pra fazer discurso de otário... Que é isso, cara?...
Voz de Aspone: - Como é teu nome?
Garoto negro: - Meu nome é Leandro.
Cabral: - Oh, tu não me engana, não! Bota essa inteligência pra estudar, seu sacana.
Garoto negro: - Eu vou para a escola técnica...
Cabral: - Leandro... vai estudar, cara.
Garoto negro: - Eu vou para a escola, sempre.
Ale Bonorino
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